
CONCEITO
Cidades inteligentes, ou smart cities, são um conceito inovador que busca transformar os espaços urbanos em ambientes mais eficientes, sustentáveis e conectados, utilizando tecnologias avançadas e dados para melhorar a qualidade de vida dos cidadãos. A ideia é integrar diversos sistemas como transporte, energia, saúde e segurança para criar soluções mais ágeis e personalizadas.
Iluminação Pública Inteligente: Lâmpadas LED ajustam-se automaticamente com base no nível de luz natural, economizando energia.
Mobilidade Sustentável: Sistemas de transporte público conectados que otimizam rotas em tempo real para reduzir congestionamentos.
Gestão de Resíduos: Lixeiras equipadas com sensores que notificam quando estão cheias, otimizando a coleta.
Monitoramento de Qualidade do Ar: Sensores espalhados pela cidade fornecem dados sobre poluição para ações mais rápidas.
Cidades como Curitiba, Barcelona e Singapura já são reconhecidas por implementar estratégias de cidade inteligente.
ORIGEM
O conceito de "cidade inteligente" tem suas origens ligadas ao avanço das tecnologias digitais e à crescente urbanização global, especialmente no final do século XX e início do XXI. Ele surgiu como uma resposta à necessidade de enfrentar desafios urbanos, como crescimento populacional, demandas por recursos e impacto ambiental, de forma mais eficaz e sustentável.
Década de 1990: O termo começou a ganhar força com a expansão da internet e tecnologias da informação. A ideia inicial estava relacionada à conectividade digital e ao uso de sensores para melhorar a infraestrutura urbana.
Crescimento das TIC (Tecnologias da Informação e Comunicação): Com a globalização, empresas como IBM e Cisco começaram a promover projetos que exploravam o uso de tecnologias avançadas para criar "cidades inteligentes".
Integração de Sustentabilidade: A partir dos anos 2000, o conceito evoluiu para incluir também preocupações ambientais, buscando formas de integrar tecnologia e sustentabilidade.
Um exemplo precursor é Songdo, na Coreia do Sul, planejada desde o início como uma cidade inteligente. Esse conceito foi moldado por questões práticas, como a eficiência no uso de recursos e o bem-estar dos cidadãos, mas também por ambições tecnológicas e econômicas.
Cidades inteligentes ao redor do mundo e suas principais iniciativas:
Singapura: Reconhecida como uma das cidades mais inteligentes do mundo, Singapura implementou o programa "Smart Nation", que utiliza sensores e dados em tempo real para monitorar tráfego, qualidade do ar e consumo de energia. O objetivo é criar uma gestão urbana eficiente e sustentável.
Barcelona, Espanha: A cidade se destaca pelo uso de sensores para monitorar tráfego e qualidade do ar, além de sistemas de iluminação pública que economizam energia. Barcelona também promove a participação cidadã por meio de plataformas digitais.
Londres, Reino Unido: Londres investe em transporte público integrado, com dados em tempo real para otimizar rotas. Além disso, a cidade promove iniciativas de energia limpa e economia digital.
Amsterdã, Países Baixos: Focada na sustentabilidade, Amsterdã utiliza sensores para monitorar o uso de energia e água, além de incentivar o uso de bicicletas e veículos elétricos.
Tóquio, Japão: A cidade combina tradição e inovação, com sistemas de transporte automatizados, edifícios inteligentes e projetos de energia renovável para reduzir emissões de carbono.
Nova York, Estados Unidos: Nova York adota tecnologias para melhorar segurança, mobilidade e sustentabilidade, como iluminação pública inteligente e monitoramento de tráfego.
Curitiba, Brasil: No Brasil, Curitiba é um exemplo de cidade inteligente, com foco em transporte público eficiente e gestão de resíduos. A cidade é reconhecida por suas soluções inovadoras e sustentáveis.
Os principais elementos de uma cidade inteligente
se interconectam para criar ambientes urbanos mais eficientes e sustentáveis.
Infraestrutura Digital: Rede de sensores, câmeras e sistemas de comunicação que coletam e compartilham dados em tempo real para monitorar e gerenciar a cidade.
Mobilidade Inteligente: Soluções como transporte público otimizado, veículos elétricos ou autônomos e aplicativos de mobilidade para facilitar o deslocamento urbano.
Gestão de Energia Sustentável: Uso de energia renovável, redes elétricas inteligentes (smart grids) e edifícios energeticamente eficientes.
Gestão de Resíduos: Lixeiras inteligentes equipadas com sensores, coleta seletiva otimizada e iniciativas de reciclagem.
Saúde e Bem-estar: Sistemas de monitoramento de saúde, telemedicina e controle da qualidade do ar para melhorar a saúde pública.
Segurança: Monitoramento por câmeras, sistemas de inteligência artificial para prever riscos e garantir um ambiente seguro.
Participação Cidadã: Plataformas digitais que permitem a participação ativa dos cidadãos em decisões políticas e projetos urbanos.
Educação Conectada: Escolas e universidades que utilizam tecnologia para ensino à distância e para criar ambientes educativos mais colaborativos.
Esses elementos trabalham em conjunto, proporcionando melhor qualidade de vida, eficiência operacional e redução do impacto ambiental.

Estudos científicos relevantes sobre cidades inteligentes:
Cidades inteligentes: insights e contribuições das pesquisas brasileiras - Este estudo, publicado na revista urbe, analisa as contribuições de pesquisadores brasileiros para o debate sobre cidades inteligentes, destacando o papel das Tecnologias da Informação e Comunicação (TICs) na melhoria da qualidade de vida urbana.
Cidades inteligentes no Brasil: conexões entre poder corporativo, direitos e engajamento cívico - Este artigo, publicado nos Cadernos Metrópole, oferece uma visão crítica sobre a implementação de cidades inteligentes no Brasil, abordando as relações de poder entre empresas, governos e comunidades.
Mapeamento de pesquisas e iniciativas sobre cidades inteligentes no Brasil - Este estudo mapeia projetos e grupos de pesquisa relacionados a cidades inteligentes nas capitais brasileiras, destacando as principais universidades e temas de pesquisa.
Psicologia da Religião e Espiritualidade em Cidades Inteligentes: Este estudo analisa como aspectos de religião e espiritualidade podem contribuir para a saúde mental e o bem-estar em cidades inteligentes. Ele destaca a importância de valores éticos e interconexão para promover sustentabilidade e qualidade de vida.
Telemedicina e Saúde Mental: Este artigo aborda como a telemedicina e a telesaúde são ferramentas essenciais para a gestão da saúde mental em cidades inteligentes. Ele explora inovações, desafios e casos de sucesso globais, enfatizando a inclusão digital e políticas públicas para melhorar o acesso ao atendimento.
Os impactos neuropsicológicos em cidades inteligentes
são um campo emergente de estudo, que explora como a integração de tecnologias avançadas e ambientes urbanos conectados pode influenciar o bem-estar mental e cognitivo dos cidadãos.
Inclusão e Neurodiversidade: Estudos destacam a necessidade de cidades inteligentes serem inclusivas para pessoas neurodivergentes, como aquelas com autismo ou TDAH. Espaços urbanos devem ser projetados para minimizar barreiras sensoriais e cognitivas, promovendo acessibilidade e inclusão2.
Sobrecarga Sensorial: A alta densidade de estímulos visuais e sonoros em cidades inteligentes pode causar sobrecarga sensorial, especialmente em indivíduos mais sensíveis. Isso pode impactar negativamente a saúde mental e a qualidade de vida.
Saúde Mental e Tecnologia: A telemedicina e os sistemas de monitoramento remoto são ferramentas valiosas para apoiar a saúde mental em cidades inteligentes. No entanto, o uso excessivo de tecnologia pode levar a problemas como ansiedade digital e isolamento social.
Conexão Social: Ambientes urbanos conectados podem facilitar interações sociais e criar um senso de comunidade, mas também podem gerar desafios relacionados à privacidade e à dependência tecnológica.
Esses aspectos mostram a importância de equilibrar inovação tecnológica com o bem-estar humano
REFERÊNCIAS
Cidades inteligentes: insights e contribuições das pesquisas brasileiras: Este estudo analisa as contribuições de pesquisadores brasileiros para o debate sobre cidades inteligentes, destacando o papel das Tecnologias da Informação e Comunicação (TICs) na melhoria da qualidade de vida urbana.
Cidades inteligentes: 9 lugares do mundo que são referência: Este artigo explora nove cidades ao redor do mundo que se destacam como exemplos de inovação urbana, integrando tecnologia e sustentabilidade.
Cidades inteligentes, smart cities: uma revisão bibliográfica sistemática: Este estudo realiza uma revisão bibliográfica sobre o conceito de cidades inteligentes, abordando suas definições e aplicações.
Cidades inteligentes, smart cities: uma revisão bibliográfica sistemática - Um estudo que realiza uma revisão bibliográfica sobre o conceito de cidades inteligentes, abordando suas definições e aplicações.
NOTÍCIAS
Curitiba celebra 332 anos como referência mundial em cidades inteligentes - A cidade é reconhecida por iniciativas como Vale do Pinhão, pirâmide solar e governança digital.
Correio por drones e IA em Curitiba - Durante o evento Smart City, foram apresentadas soluções como entrega por drones e inteligência artificial para monitoramento urbano.
Inovação em geoprocessamento no Paraná - Tecnologia de geoprocessamento desenvolvida pela Unioeste foi destaque no Smart City Expo Curitiba.
https://exame.com/bussola/o-que-sao-cidades-inteligentes-as-chamadas-smart-cities/
https://smartcityexpocuritiba.com/
https://www.bosch.com.br/noticias-e-historias/aiot/smart-cities/
https://www.ibm.com/br-pt/topics/smart-city
https://evento.connectedsmartcities.com.br/
As Cidades Inteligentes são parte do nosso futuro, em todas as esferas, sociais, comportamentais, profissionais e pessoais.
Como posso te ajudar?
Everton Andrade
Professor / Palestrante
Terapeuta comportamental
https://www.infocomplementar.com/post/gest%C3%A3o-comportamental