
O ciclo de manutenção da dor é um processo complexo que envolve fatores físicos, psicológicos e sociais.
Quando a dor se torna crônica, ela pode criar um ciclo vicioso que perpetua o sofrimento.
Esse ciclo pode ser interrompido com abordagens multidisciplinares, como fisioterapia, terapia psicológica e mudanças no estilo de vida.
Dor inicial: Pode começar com uma lesão ou condição médica que causa dor.
Respostas emocionais e psicológicas: A dor contínua pode levar a sentimentos de ansiedade, depressão ou catastrofização, o que intensifica a percepção da dor.
Alterações comportamentais: O medo de sentir dor pode levar ao sedentarismo ou à evitação de atividades, o que enfraquece os músculos e agrava a dor.
Impacto no sono: A dor pode prejudicar a qualidade do sono, resultando em fadiga e menor capacidade de lidar com o desconforto.
Dependência de medicamentos: O uso excessivo de analgésicos pode levar à tolerância ou dependência, complicando ainda mais o tratamento.

Everton Andrade
Terapeuta comportamental
Acompanhe mais pesquisas e estudos abaixo.
A Terapia Cognitivo-Comportamental (TCC)
é uma abordagem psicológica baseada na ideia de que nossos pensamentos, sentimentos e comportamentos estão interligados.
No contexto da dor crônica, a TCC busca ajudar as pessoas a desenvolverem estratégias para gerenciar a dor de forma mais eficaz.
Essa terapia tem mostrado resultados positivos em muitos casos de dor crônica, ajudando as pessoas a se sentirem mais capacitadas e a recuperar o controle sobre suas vidas.
Identificação de pensamentos automáticos negativos: Muitos indivíduos com dor crônica desenvolvem padrões de pensamento como "Isso nunca vai melhorar" ou "Eu não consigo fazer nada". O terapeuta ajuda a identificar esses pensamentos que podem piorar o sofrimento.
Reestruturação cognitiva: Após identificar os pensamentos negativos, a TCC ensina maneiras de substituí-los por pensamentos mais realistas e positivos, como "Posso fazer mudanças para melhorar minha qualidade de vida" ou "Tenho controle sobre alguns aspectos da minha dor".
Técnicas de enfrentamento: A TCC inclui habilidades para lidar com a dor, como mindfulness, relaxamento muscular progressivo e práticas de autocuidado.
Modificação de comportamentos: O terapeuta ajuda a desenvolver comportamentos que promovam o bem-estar, como retomar atividades gradualmente, estabelecer metas alcançáveis e reforçar hábitos saudáveis.
Foco em emoções: Muitas vezes, a dor crônica está associada a emoções intensas, como medo ou raiva. A TCC fornece ferramentas para gerenciar melhor essas emoções e reduzir o impacto delas na experiência da dor.
REFERÊNCIAS
Um artigo publicado na SciELO Brasil explora a associação entre dor crônica, força muscular, níveis de estresse, sono e qualidade de vida em mulheres acima de 50 anos. Ele destaca como a dor crônica pode impactar negativamente parâmetros biopsicossociais.
https://www.scielo.br/j/fp/a/9gCbgW4NtgPB69rmjPsnXVg/
Outro estudo, disponível na PePSIC, apresenta uma revisão integrativa sobre dor crônica e possibilidades de intervenção no contexto da psicologia. Ele analisa abordagens psicológicas e educacionais para o manejo da dor.
https://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1808-42812024000100408
Os resultados apontaram para um conjunto de intervenções psicológicas baseadas na psicoeducação para o manejo da dor crônica. Observou-se diferentes abordagens de programas de controle e educação em dor e modalidades de intervenção grupal e individual. A psicologia apareceu vinculada ao trabalho multiprofissional e à proposta da integralidade do cuidado, com destaque às estratégias alternativas e não farmacológicas para o enfrentamento da dor. Os estudos analisados evidenciaram que as experiências de dor são impactadas pelos aspectos psicológicos, tensionando decisivamente a dimensão biológica de compreensão da dor.
https://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1808-42812024000100408
Everton Andrade
Terapeuta comportamental
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