
Na psicanálise, a pulsão de morte é
a tendência à autodestruição e à morte, proposta por Sigmund Freud em 1920. Também conhecida como Tânatos, ela é uma das pulsões básicas do modelo freudiano, juntamente com a pulsão sexual, ou Eros.
PULSÃO - Tendência, estímulo inesperado, instinto,
Como se constituem os desejos dos homens?
Como a moção pulsional leva-nos à busca e à fruição de prazer?
Fonte: https://fach.ufms.br/artigo-o-lugar-da-pulsao-de-morte-no-homem-jennifer-aline-zanella/
Causas como: Conflitos internos, traumas ou padrões de comportamento disfuncionais?
=======================================
Imobilidade emocional?
Dificuldade ou incapacidade de reagir emocionalmente a eventos ou estímulos
Transtornos de saúde mental: Condições como depressão grave ou transtorno de estresse pós-traumático (TEPT) podem causar uma sensação de entorpecimento emocional, onde a pessoa se sente desconectada de seus sentimentos e dos outros.
Mecanismo de defesa: A imobilidade emocional pode ser uma forma de proteção contra emoções avassaladoras ou dolorosas, como em situações traumáticas ou de forte impacto emocional.
Sobrevivência ao estresse crônico: Quando alguém enfrenta estressores constantes, o corpo e a mente podem entrar em um estado de adaptação, resultando em apatia ou indiferença emocional.
Problemas neurológicos: Alguns desequilíbrios químicos no cérebro podem afetar os processos emocionais, dificultando a expressão ou experimentação de sentimentos.
========================================
Pulsão de morte:
Objetivo
Eliminar a estimulação do organismo, levando à morte
Manifestação
Compulsão à repetição, automutilação, suicídio
Base
Observações clínicas de que pessoas traumatizadas recriam o evento
Considerações
Está para além do princípio do prazer, ou seja, é uma tendência que não pode ser representada e dita pelo sujeito
Freud relacionou a pulsão de morte a uma tendência autodestrutiva do ser humano. Ele também considerou que a pulsão poderia ser subsumida ao conceito de estímulo, de modo que pulsão poderia ser entendida como uma variante sua.
O conceito de pulsão de morte é problemático e complexo, pois está atravessado por um pensamento que se desgarra em relação à ordem biológica.
===================================
AUTODESTRUIÇÃO
1. Interpretar mal sua voz interior
2. Você se dedica a tudo, exceto ao que quer fazer
3. Ocultar os sinais de ansiedade
4. Você acredita que, sozinho, não tem o direito de se divertir
5. Abandonar os pequenos prazeres
6. Desistir de um hobby
7. Começar a discutir com seus superiores
8. Não lutar contra a procrastinação
9. Considerar que suas virtudes são inatas
10. Sentir ciúme do companheiro de forma constante
================================================
A autodestruição,
segundo estudos psicológicos,
pode se manifestar de várias formas:
Comportamentos de risco: Como abuso de substâncias, direção imprudente ou envolvimento em atividades perigosas, muitas vezes como uma forma de lidar com emoções difíceis ou buscar validação.
Auto-sabotagem: Quando alguém, consciente ou inconscientemente, impede seu próprio sucesso, como procrastinar em tarefas importantes ou rejeitar oportunidades que poderiam ser benéficas.
Isolamento social: Evitar conexões com outras pessoas, o que pode levar a sentimentos de solidão e exacerbar problemas emocionais.
Negligência da saúde: Ignorar cuidados básicos, como alimentação adequada, exercícios ou consultas médicas, muitas vezes como reflexo de baixa autoestima ou desmotivação.
================================================
Na psicologia, a morte é abordada de diversas perspectivas, considerando seu impacto emocional, social e filosófico.
Morte como parte do desenvolvimento humano: A morte é vista como um processo natural e inevitável, que faz parte do ciclo de vida e do desenvolvimento humano.
https://www.scielo.br/j/epsic/a/PfSWjx6JP7NQBWhcMBXmnyq/?lang=pt
Tanatologia: É o estudo da morte e do processo de morrer, explorando aspectos emocionais, culturais e éticos relacionados ao fim da vida.
https://revistas.pucsp.br/kairos/article/download/20038/14905/50837
Significado da morte em diferentes etapas da vida: A percepção da morte varia conforme a idade e a experiência de vida. Crianças, adolescentes, adultos e idosos têm diferentes formas de compreender e lidar com a ideia da morte
https://repositorio.uniceub.br/jspui/bitstream/123456789/2928/2/9960500.pdf
================================================
O impacto emocional da morte nas pessoas
pode ser profundo e variar amplamente dependendo de fatores como a relação com o falecido, o contexto da perda e os recursos emocionais e sociais disponíveis.
Cada pessoa lida com a morte de maneira única, e é essencial respeitar e apoiar o processo individual de enfrentamento.
Maneiras como a morte pode
afetar emocionalmente as pessoas:
Luto e tristeza: A perda de um ente querido frequentemente provoca sentimentos intensos de tristeza, saudade e vazio, que fazem parte do processo natural de luto.
Choque e negação: Inicialmente, muitas pessoas experimentam dificuldade em aceitar a realidade da morte, especialmente quando ocorre de forma inesperada.
Culpa e arrependimento: É comum que as pessoas reflitam sobre o que poderiam ter feito de diferente, gerando sentimentos de culpa ou arrependimento.
Ansiedade e medo: A morte pode despertar medos relacionados à própria mortalidade, ao desconhecido ou a mudanças na vida cotidiana.
Crescimento emocional: Em alguns casos, o enfrentamento da morte pode levar a reflexões profundas, aumento da resiliência e valorização da vida.
================================================
A tanatologia é o estudo científico e interdisciplinar
da morte, do processo de morrer e das questões relacionadas ao luto.
Na psicologia, ela busca entender como indivíduos e sociedades lidam com a morte,
considerando aspectos emocionais, comportamentais, culturais e éticos.
A tanatologia é essencial para ajudar pessoas a lidar com a morte de forma mais saudável, compreender o impacto dessa experiência e oferecer suporte em momentos difíceis.
Processo de luto: Estudo dos estágios e características do luto, ajudando as pessoas a compreender e enfrentar a perda.
Cuidados paliativos: Exploração de práticas que oferecem conforto e dignidade para pessoas em fim de vida, além de suporte para suas famílias.
Aspectos culturais e religiosos: Investigação de como diferentes culturas e crenças interpretam a morte e as práticas associadas.
Psicoterapia e suporte emocional: Técnicas para ajudar indivíduos e grupos a superar o impacto emocional da morte, promovendo resiliência.
================================================
Estudos comportamentais sobre suicídio
exploram os fatores psicológicos, sociais e biológicos que podem levar uma pessoa a considerar ou cometer suicídio.
Fatores de risco: Incluem transtornos mentais como depressão e ansiedade, histórico de abuso, isolamento social e eventos traumáticos.
Teorias psicológicas: Abordam o suicídio como resultado de um "estreitamento" existencial, onde a pessoa sente que não há alternativas viáveis para lidar com seu sofrimento.
Influência cultural e social: Estudos mostram que normas culturais, religião e suporte social podem influenciar tanto o risco quanto a prevenção do suicídio.
Intervenções preventivas: Estratégias como terapia cognitivo-comportamental (TCC), programas de conscientização e suporte comunitário têm mostrado eficácia na redução de comportamentos suicidas.
================================================
ESTREITAMENTO EXISTENCIAL
O conceito de "estreitamento existencial"
refere-se ao fenômeno em que uma pessoa,
devido ao
sofrimento intenso,
começa a enxergar sua situação de forma limitada,
acreditando que não há soluções ou saídas
além do comportamento suicida.
Esse conceito é estudado na psicologia para compreender melhor os estados mentais que podem levar ao suicídio e, assim, desenvolver intervenções que ampliem a percepção do indivíduo sobre alternativas e suporte.
Atendimento terapeutico online - Clique aqui
Esse estreitamento pode surgir de fatores como:
Visão limitada de possibilidades: A pessoa pode sentir que suas opções estão reduzidas a um ponto em que apenas o suicídio parece oferecer alívio ao sofrimento.
Concentração no problema: O indivíduo foca intensamente nas dificuldades ou dores que está enfrentando, tornando difícil enxergar aspectos positivos ou perspectivas diferentes.
Diminuição da interação com o mundo: Há uma tendência ao isolamento social e à perda de interesse por atividades e conexões que anteriormente traziam sentido e prazer.
Clique aqui
Comportamentos Autodestrutivos
Comportamentos autodestrutivos são ações que prejudicam o bem-estar físico, emocional ou social de uma pessoa.
Eles podem incluir abuso de substâncias, automutilação, isolamento social ou negligência da saúde.
Frequentemente associados a traumas, baixa autoestima ou transtornos mentais como depressão, esses comportamentos refletem dificuldade em lidar com emoções ou situações difíceis.
Além disso, a auto-sabotagem, como procrastinar ou evitar oportunidades, é outra manifestação comum.
Embora prejudiciais, tais ações muitas vezes sinalizam sofrimento emocional profundo e necessidade de apoio.
Estratégias de enfrentamento e terapia podem ajudar a substituir esses padrões por formas mais saudáveis de lidar com os desafios da vida.
Trata-se de um tema sensível que exige empatia e compreensão para ser abordado adequadamente. Clique aqui: Terapia comportamental - Everton Andrade
Abuso de substâncias: Uso de drogas, álcool ou medicamentos sem prescrição médica como forma de evitar lidar com problemas emocionais ou traumas.
Auto-sabotagem: Procrastinação em situações críticas, rejeição de oportunidades de crescimento ou realização pessoal.
Isolamento social: Evitar interações com amigos, familiares ou grupos sociais, levando à solidão e à desconexão emocional.
Comportamento alimentar disfuncional: Inclui anorexia, bulimia, compulsão alimentar e negligência em cuidar da alimentação.
Comportamentos perigosos: Envolvimento em atividades de alto risco, como direção imprudente, esportes extremos sem preparação ou busca de brigas.
Negligência da saúde física: Não cuidar de condições médicas, evitar exames de rotina ou ignorar sintomas preocupantes.
Automutilação: Cortar-se, queimar-se ou infligir dor física como forma de lidar com dor emocional ou "punir-se".
Autopunição emocional: Recusar-se a aceitar carinho ou ajuda como uma forma de sentir que "merece" sofrer.
Destruição de relacionamentos: Sabotar conexões importantes, causar brigas ou afastar-se intencionalmente de pessoas queridas.
Compulsões nocivas: Envolvimento excessivo em vícios como jogos de azar, compras impulsivas ou consumo de pornografia.
Falta de limites financeiros: Gastos imprudentes ou endividamento como forma de escapar de sentimentos de ansiedade ou depressão.
Negligência ao autocuidado: Parar de cuidar da higiene pessoal, dormir mal ou ignorar hábitos saudáveis.
Recusa em buscar ajuda: Ignorar sinais de alerta em sua saúde mental ou física e evitar psicoterapia ou intervenções médicas.
Comportamento de dependência: Tornar-se excessivamente dependente de outra pessoa, perdendo autonomia emocional ou funcional.
Sabotar objetivos: Criar barreiras intencionais para não alcançar metas importantes por medo de fracasso ou de sucesso.
===================================
Queixas / Lamentações
Se chove se lamenta, se faz sol morre de calor, se o transito está engarrafado tem vontade de dar um grito. Ou seja, não aceita a vida da forma que ela é.
Procrastinação
É a protelação. “Não vou fazer agora, sei que preciso fazer, mas amanhã eu começo”, então pode passar o dia se remoendo porque não foi fazer logo a tal da coisa que continua adiando.
Dependência
Nem sempre é fácil sair de dependência porque tem muita gente que pode gostar da situação do dependente.
Falta de curiosidade
Perde-se oportunidades de ser mais feliz quando não deixamos a curiosidade fluir
Medo de errar
Quem tem medo de errar pode considerar que o valor de uma pessoa está em fazer as coisas de forma perfeita. Ou seja, a auto-avaliação vêm de fora. As pessoas é que dizem o quanto você vale?
Falta de aceitação
Alguns vivem dizendo o quanto e como as pessoas deveriam ser diferentes.
Bairrismo
Bairrista é aquela pessoa que só se identifica e só se dá bem com quem é de seu grupo.
Autopiedade
Quem sente piedade de si mesmo poderá não ter vontade de progredir, pois se acredita um coitadinho que não consegue nada.
Não rir
Rir das pessoas é diferente de rir com as pessoas.
Busca de aprovação
Outra forma de autodestruição pode ser buscar aprovação dos outros para coisas que não acrescentam
Censura
Perder tempo falando sobre o que o outro fez ou deixou de fazer, não falam com as pessoas, falam delas. Não faz, não realiza, só critica e se queixa.
Busca angustiada por diversão
Aquele que está sempre com a cabeça em um lugar e o corpo em outro. Ele está na praia achando que na cidade é que seria bom
Falta de amor com o próprio corpo
Preocupação com coisas impossíveis de serem alteradas
Necessidade em chocar ou agradar demasiadamente
Dificuldade em receber criticas
Culpa exagerada e desenfreada
Sentir culpa pelo que fez, pelo que não fez, pelo que disse e pelo que não disse.
Preocupação com futuro improvável
Links
Fonte: https://www.marisapsicologa.com.br/autodestruicao.html
Ministério da Saúde - Depressão
https://www.gov.br/saude/pt-br/assuntos/saude-de-a-a-z/d/depressao
Estudos
Autodestruição Humana
https://www.scielo.br/j/csp/a/N8ZL6wh8BRHTn798ndnv4qn/
"A violência no ser humano, em seu aspecto autodestrutivo,
implica que este é, ao mesmo tempo, agente e paciente de um fenômeno complexo, envolvendo um interjogo dinâmico de inúmeras variáveis presentes no cotidiano. Por isso, seu estudo e compreensão não se deixam aprisionar por métodos derivados da tradição positiva, ainda que estes possam nos dar algumas pistas." (CASSORLA, R. M. S. & SMEKE, E. L. M. Human Self-Destruction. Cad. Saúde Públ., Rio de Janeiro, 10 (supplement 1): 61-73, 1994.)
=====================================
Pesquisa-ação sobre saberes e práticas de agentes comunitários de saúde acerca da prevenção do comportamento suicida
Comportamento suicida é um fenômeno complexo
e influenciado por fatores pessoais, sociais, psicológicos e culturais. Constitui-se em qualquer ato por meio do qual o indivíduo causa lesão em si mesmo, independentemente do grau de intenção letal1 . Compreende a ideação, o planejamento, a tentativa e o suicídio2 . A lesão autoprovocada é outra forma de expressão desse comportamento, sem apresentar a intencionalidade suicida. Engloba atos de automutilação, incluindo desde as formas mais leves, como arranhaduras e cortes, até as mais severas, como amputação de membros. Esses comportamentos têm taxas de incidência crescentes no mundo3,4
Júnior FJGS, Silva KH, Sales JCS, Costa APC, Monteiro CFS. Pesquisa-ação sobre saberes e práticas de agentes comunitários de saúde acerca da prevenção do comportamento suicida. Interface (Botucatu). 2021; 25: e200386 https://doi.org/10
https://www.scielo.br/j/icse/a/wM9QVyGVh6BjvXnZ8tNpKFt/?lang=pt&format=pdf#:~:text=Categoria%202%20%E2%80%93%20uso%20de%20subst%C3%A2ncias,de%20finitude%20da%20pr%C3%B3pria%20exist%C3%AAncia.