A psicologia do trânsito é um ramo da psicologia que estuda o comportamento humano no contexto do trânsito, com o objetivo de promover a segurança e a eficiência no transporte. Aqui estão alguns pontos principais sobre esse campo:
Everton Andrade
Terapeuta comportamental
Terapia para ansiedade e insegurança no trânsito

A psicologia do trânsito é essencial para criar políticas e programas que visam reduzir acidentes e melhorar a segurança nas estradas.
Conceito
A psicologia do trânsito analisa como os fatores psicológicos influenciam o comportamento dos motoristas, pedestres e outros usuários da via. Isso inclui a percepção, atenção, tomada de decisão, e reações emocionais no trânsito.
Origem
A psicologia do trânsito começou a se desenvolver no início do século XX, com o aumento do uso de automóveis e a necessidade de entender e melhorar a segurança no trânsito. Estudos pioneiros focaram em aspectos como a fadiga do motorista, a percepção de velocidade e a reação a sinais de trânsito.
Definições Aplicadas
Comportamento do Motorista: Estudo das ações e reações dos motoristas em diferentes situações de trânsito, incluindo a influência de fatores como estresse, fadiga e consumo de substâncias.
Percepção e Atenção: Análise de como os motoristas percebem e processam informações visuais e auditivas no ambiente de trânsito.
Tomada de Decisão: Investigação dos processos mentais envolvidos na tomada de decisões rápidas e eficazes no trânsito.
Educação e Treinamento: Desenvolvimento de programas educativos para melhorar as habilidades e comportamentos dos motoristas.
Segurança no Trânsito: Implementação de estratégias para reduzir acidentes e promover comportamentos seguros entre todos os usuários da via.
A psicologia do trânsito é essencial para criar políticas e programas que visam reduzir acidentes e melhorar a segurança nas estradas.
A Psicologia Experimental aplicada ao trânsito
é uma área fascinante que estuda o comportamento humano em situações de mobilidade e interação no trânsito. Ela utiliza métodos experimentais para investigar fatores como atenção, percepção, tomada de decisão e reações emocionais dos motoristas e pedestres.
Esses estudos ajudam a entender como as pessoas respondem a estímulos no ambiente de trânsito e como essas respostas podem ser melhoradas para aumentar a segurança e eficiência.
Por exemplo, pesquisas podem explorar como diferentes tipos de sinalização afetam a atenção dos motoristas ou como o estresse influencia a tomada de decisão ao dirigir.
Além disso, essa área também pode contribuir para o desenvolvimento de políticas públicas e campanhas educativas voltadas para a conscientização e prevenção de acidentes.
Na Psicologia Experimental aplicada ao trânsito, diversos métodos são utilizados para investigar o comportamento humano e melhorar a segurança e eficiência no trânsito. Alguns dos principais métodos incluem:
Simulações de Trânsito: Utilizam ambientes virtuais ou simuladores de direção para estudar como os motoristas reagem a diferentes situações, como mudanças na sinalização ou condições climáticas adversas.
Testes de Atenção e Percepção: Avaliam como os motoristas detectam e respondem a estímulos visuais e auditivos no trânsito.
Dinâmicas de Grupo: Técnicas que exploram interações sociais e valores grupais relacionados à segurança no trânsito.
Estudos Observacionais: Monitoram o comportamento de motoristas e pedestres em ambientes reais para identificar padrões e fatores de risco.
Experimentos Controlados: Manipulam variáveis específicas, como o nível de estresse ou a presença de distrações, para observar seus efeitos no desempenho de direção.
Esses métodos ajudam a criar intervenções mais eficazes e políticas públicas voltadas para a redução de acidentes e a promoção de um trânsito mais seguro.
Avaliação psicológica da personalidade de condutores: uma revisão de literatura
https://www.scielo.br/j/pusf/a/54hgzTrNzWpHyzzMdWT7M4w/
Milhões de brasileiros são avaliados psicologica-mente para conduzir veículos anualmente, porém, tomando-se a literatura apresentada e analisada na revisão, verifica-se que as pesquisas sobre personalidade de motoristas são escassas e bastante restritas quanto a generalizações, não apresentando resultados conclusivos que justifiquem a necessidade de avaliação do construto para conduzir veículos.
ACIDENTES: UMA INTRODUÇÃO À PSICOLOGIA DO TRÂNSITO
https://uniesp.edu.br/sites/_biblioteca/revistas/20180403113422.pdf
Vivemos numa sociedade obcecada por automóveis, nunca se priorizou tanto o ter um carro. Antes o que era objeto de utilidade, já alcança o patamar de objeto de luxo e poder. A Psicologia vem atuando nas mais diversas áreas no transito, tanto na direção defensiva quanto no comportamento dos mais diversos tipos de motoristas. Uma das causas complicadoras do trabalho do psicólogo,vem sendo justamente a grande incidência de acidentes, muitos deles e levando o indivíduo a morte. Mesmo que o que interesse ao psicólogo não seja o acidente em si, cabe estudar o acidente como “consequência” de um mau comportamento, de algum processo psicológico que não funcionou bem, nos casos em que o fator humano é o principal.
Uso da Técnica de Dinâmica de Grupo na Avaliação Psicológica no Contexto do Trânsito: Relato de Experiência
https://www.scielo.br/j/pcp/a/LbkfVPrbRSs9r5dnLBLq8Db/
Nesse contexto, reporta-se a 2012 com a Resolução do CONTRAN nº 425 (CONTRAN, 2012) e suas alterações, nº 460 (CONTRAN, 2013), nº 474/2014 (CONTRAN, 2014ª) e nº 490/2014 (CONTRAN, 2014b). As referidas resoluções dispõem sobre o exame de aptidão física e mental, a AP e o credenciamento das entidades públicas e privadas de que tratam o art. 147, I e §§ 1º a 4º e o art. 148 do Código de Trânsito Brasileiro, no momento em vigor. Especificamente em relação à avaliação psicológica, essas normas jurídicas estabelecem os processos psíquicos que devem ser aferidos, a saber: tomada de informação, processamento de informação, tomada de decisão, comportamento, autoavaliação do comportamento e traços de personalidade.
PROCESSOS PSÍQUICOS
Esses processos são interdependentes e fundamentais para a segurança no trânsito. A avaliação psicológica no contexto do trânsito busca identificar como esses fatores se manifestam em cada indivíduo, ajudando a prevenir comportamentos de risco e promover um trânsito mais seguro.
Tomada de Informação: Este processo refere-se à capacidade de perceber e captar estímulos do ambiente, como sinais de trânsito, pedestres ou outros veículos. A atenção seletiva é essencial aqui, pois o motorista precisa filtrar informações relevantes em meio a distrações.
Processamento de Informação: Após captar as informações, o cérebro as interpreta e organiza. Isso inclui avaliar a velocidade de outros veículos, calcular distâncias e prever possíveis riscos. Esse processamento é influenciado por fatores como experiência, fadiga e estresse.
Tomada de Decisão: Com base nas informações processadas, o indivíduo decide como agir. Por exemplo, ao perceber um pedestre atravessando, o motorista pode decidir reduzir a velocidade ou parar. Esse processo é rápido e depende de habilidades cognitivas e emocionais.
Comportamento: Refere-se à execução da ação decidida, como frear, acelerar ou mudar de faixa. O comportamento é o resultado visível dos processos internos e pode ser influenciado por fatores externos, como condições climáticas ou estado do veículo.
Autoavaliação do Comportamento: Envolve a capacidade de refletir sobre as próprias ações no trânsito, reconhecendo erros e ajustando comportamentos futuros. Motoristas que praticam a autoavaliação tendem a ser mais conscientes e seguros.
Traços de Personalidade: Características individuais, como impulsividade, paciência e tolerância ao estresse, afetam diretamente o comportamento no trânsito. Por exemplo, pessoas impulsivas podem tomar decisões arriscadas, enquanto indivíduos mais cautelosos tendem a ser mais previsíveis.