
A psicologia organizacional é um campo da psicologia que se dedica a entender o comportamento humano no ambiente de trabalho. Ela busca melhorar a qualidade de vida no trabalho e aumentar a eficiência das empresas. Aqui estão alguns conceitos e funções principais:
Conceitos
Comportamento Organizacional: Estudo de como os indivíduos e grupos se comportam dentro das organizações.
Cultura Organizacional: Conjunto de valores, crenças e normas que influenciam o comportamento dos membros da organização.
Motivação: Fatores que impulsionam os colaboradores a agir de determinada maneira no trabalho.
Clima Organizacional: Percepção dos colaboradores sobre o ambiente de trabalho, que pode afetar sua satisfação e produtividade.
Funções
Recrutamento e Seleção: Identificação e atração de candidatos com perfil adequado para as vagas disponíveis.
Treinamento e Desenvolvimento: Capacitação dos funcionários para melhorar seu desempenho e eficiência.
Gestão de Conflitos: Identificação e resolução de conflitos entre colaboradores para garantir um ambiente de trabalho saudável.
Avaliação do Clima Organizacional: Monitoramento da satisfação e motivação dos colaboradores.
Promoção da Saúde Mental: Desenvolvimento de programas para apoiar o bem-estar psicológico dos funcionários
Everton Andrade
Gestão comportamental e organizacional
Terapia comportamental e prestação de serviços
Whats: 13996697888
Veja abaixo mais informações sobre o assunto.
Compreendendo que as organizações são entidades sociais compostas por pessoas e seus inter-relacionamentos, a atuação da psicologia estender-se-á aos indivíduos e aos grupos, auxiliando as organizações em seus objetivos básicos.
Escolha uma opção:
Verdadeiro
Falso
Administrar comportamento humano em contextos organizacionais. Administrar pessoas significa administrar comportamentos. E, para administrar comportamentos humanos, é necessário compreender que eles ocorrem em um determinado contexto, com determinadas características que, se não adequadamente identificadas, podem dificultar ou inviabilizar modificações nas formas como as pessoas agem. Se não há clareza de que as pessoas são fortemente influenciadas pelas situações que ocorrem nos ambientes nos quais estão inseridas, muitos esforços de profissionais tais como administradores, psicólogos, assistentes sociais, entre outros, estão fadados ao fracasso.
KIENEN, Nádia; WOLFF, Sabrina. Administrar comportamento humano emcontextos organizacionais. Rev. Psicol., Organ. Trab. Florianópolis , v. 2, n.2, p. 11-37, dez. 2002 .Disponível emhttp://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1984-66572002000200002&lng=pt&nrm=iso
Com base no campo da psicologia organizacional, avalie as afirmações seguintes em Verdadeiro ou Falso:
“O que eu desejo que você entenda é o seguinte: a ciência é uma especialização, um refinamento de potenciais comuns a todos. Quem usa um telescópio ou um microscópio vê coisas que não poderiam ser vistas a olho nu.” (Rubens Alves)
Em relação à ciência da psicologia é incorreto o que se afirma em:
Escolha uma opção:
a.
A psicologia é a ciência que estuda o comportamento e os processos fisiológicos e cognitivos subjacentes ao comportamento.
b.
A psicologia estuda com seus métodos científicos próprios, a subjetividade humana, ou seja, o indivíduo em suas múltiplas expressões.
c.
A psicologia estuda somente o comportamento observável das pessoas.
d.
A psicologia estuda o indivíduo em suas múltiplas expressões, no seu processo de mudanças, de sentir, pensar, sonhar, relacionar, raciocinar e em como ele se apropria de sua cultura.
Aplicações da Psicologia na Administração
De acordo com Aguiar (2005), a psicologia organizacional tem se voltado à
adaptação dos indivíduos
como membros das organizações para o cumprimento dos objetivos por elas estabelecidos.
Utiliza técnicas e instrumentos
que operam desde a
seleção de pessoal
para que se adequem as demandas e objetivos da organização, como também, no processo de
integração
quando ocorre a admissão.
A Psicologia contribui para o
estudo do comportamento das pessoas nas organizações,
e para a harmonização das peculiaridades do indivíduo e dos grupos às demandas das tarefas, abrangendo desde a motivação, satisfação no trabalho, comunicação, liderança, análise de desempenho, treinamento e desenvolvimento pessoal, ergonomia, saúde mental do trabalhador, seleção e orientação profissional, relações humanas, entre outras variáveis.
Tenhamos como exemplo, um funcionário de serviço de atendimento aos clientes, cujo papel é informar, esclarecer e registrar as reclamações dos clientes. A maior porcentagem das chamadas é por motivo de reclamação, sabemos que é raríssima a probabilidade do recebimento de uma ligação de um cliente elogiando os serviços da empresa, neste contexto, um operador sem
habilidades sociais e autocontrole emocional,
provavelmente deixará os clientes mais insatisfeitos e raivosos, e a empresa sofrerá consequências exponenciais, pois como se fala no senso comum “a melhor propaganda é a de boca a boca”, sem contar nas questões judiciais envolvidas.” A organização e o indivíduo estão entrelaçados num amplo complexo de interações” (MINICUCCI,2011, p.114).
Imagine um professor sem
habilidades de comunicação;
um gerente sem habilidade de persuasão; um motorista impulsivo e agressivo; um recepcionista iracundo; estes entre várias outras atuações profissionais, nos mostram como uma seleção adequada das características das pessoas de acordo com as funções requeridas são essenciais para a efetividade das organizações. Segundo Fiorelli (2011), há trabalhos que requerem constantemente o enfrentamento de novos desafios, como também, atividades que estabelecem rígidas rotinas, então, constitui-se um desafio conciliar as características das pessoas às demandas das funções.
A psicologia organizacional volta-se justamente para os
aspectos psicológicos
dos indivíduos nos diferentes ambientes de trabalho, abrangendo desde o desemprego, trabalhos informais, qualificação e treinamento de empregados, as micro, pequenas, médias e grandes empresas, órgãos governamentais, etc.; tendo em vista que, as pessoas se comportam de maneira diferente nos diferentes ambientes, e as condições de trabalho têm efeito sobre o desempenho do trabalhador.
A administração ocorre por meio de pessoas, fato que demanda planejamento, organização, coordenação, tomada de decisões, alocação de recursos e controle. Diante disso,
compreender o comportamento do indivíduo se torna imprescindível para uma administração eficaz, afinal, não há organização sem pessoas.
“As pessoas são os parceiros da organização: os únicos capazes de conduzi-la à excelência e ao sucesso” (CHIAVENATO, 2015, p.3).
Com base na história da ciência da psicologia, você pode observar que
a psicologia não atua baseada no achismo ou causalidade, tampouco na adivinhação do presente ou futuro, a sua prática é sistematicamente aplicada com rigor científico.
Tendo em vista que, a ciência da administração se respalda em outras disciplinas sociais para estudar o comportamento humano, embora você não seja psicólogo, compreender as motivações e comportamentos das pessoas contribuirá sobremaneira na sua prática profissional.
Breve histórico da Psicologia Organizacional
A vida inteira do indivíduo, desde o nascimento até a morte, se desenvolve dentro das organizações, onde desenrola-se a vida social, a afetividade, o desenvolvimento físico, intelectual e as aspirações etc., os hospitais e as escolas exemplificam bem isso.O homem interage com as organizações de diversas formas, uma delas é por meio do trabalho, uma via que oportuniza o desenvolvimento e a expressão do potencial do homem, constituindo-se em um meio de sobrevivência e de realização pessoal. Influencia na qualidade de vida, na saúde, no sono, na personalidade, autoestima, autoconceito, na relação familiar e social, ou seja, repercute diretamente na vida do indivíduo na dimensão biopsicossocial. Afinal, é no trabalho que o indivíduo passará grande parte do seu tempo.Essa concepção de trabalho reconhecida pela literatura científica, nem sempre foi visualizada dessa forma. A história de desenvolvimento do trabalho sob a ótica do sistema capitalista é demarcada por crises e transformações, ainda mais quando se compara os meios de produção de outros sistemas, como o feudal, por exemplo. De acordo com Bock, Furtado e Teixeira (2008), o capitalismo polarizou a sociedade entre os detentores dos meios de produção e os vendedores da força de trabalho.Os historiadores Vainfas, Faria, Ferreira e Santos (2013) relatam que milhares de trabalhadores aglutinavam-se em fábricas, sob regime de serviço árduo e extremamente rigoroso, sem regulamentação específica e longas jornada de trabalho. Neste contexto, a ciência da Administração desenvolveu as suas primeiras teorias com Frederick Taylor, Henry Fayol, entre outros teóricos, com objetivo de analisar a forma de execução do trabalho.No processo de humanização das condições de trabalho nas organizações, marca-se o aparecimento da Psicologia Organizacional meio a Era da Industrialização, crises econômicas e guerras em meados do séc. XIX ao início do séc. XX.
Com base nos avanços desta área de atuação profissional, não é simples demarcar um período exato do seu surgimento, ainda mais considerando os vários estudiosos que se destacaram na análise das organizações e das variáveis nelas envolvidas. À vista disso, sobressaem-se alguns nomes de psicólogos, como, Walter Dill Scott, Hugo Münsterberg, Elton Mayo, McGregor, Abraham Maslow,entre outros.O norte-americano Walter Dill Scott, por exemplo, foi aluno de Wundt, e dedicou sua carreira as questões práticas da psicologia e à melhoria das condições do ambiente de trabalho, buscando identificar métodos para que os empresários motivassem o seu quadro funcional, como também, aos seus consumidores.Segundo Schultz e Schultz (2014), Scott defendia que os consumidores podem ser facilmente influenciáveis por agirem na maioria das vezes induzidos pelas emoções.Na Primeira Guerra Mundial, Scott destacou-se por auxiliar o exército dos Estados Unidos ao desenvolver escalas de classificação e seleção de capitães e soldados, do qual recebeu medalha de reconhecimento pelos serviços prestados.Ele chegou a avaliar a qualificação profissional de três milhões de soldados. Scott foi o precursor no processo de seleção de pessoal. As avaliações dos militares do exército nos períodos das Grandes Guerras Mundiais influenciaram sobremaneira na popularidade e no crescimento vertiginoso da psicologia organizacional, aumentando a procura pelos serviços psicológicos por parte dos comércios.Assim como em outros países da Europa, Ásia e da América, no Brasil, o surgimento da psicologia organizacional esteve atrelada ao processo de industrialização no fim do séc. XIX e princípio do séc. XX, com o objetivo de avaliação dos militares para o exército (ZANELLI; BORGES-ANDRADE; BASTOS, 2004).
Entre os precursores da Psicologia Organizacional, destaca-se também o psicólogo alemão Hugo Münsterberg, por realizar diversas pesquisas práticas nas organizações que contemplavam desde a orientação vocacional, a administração pessoal, os testes mentais, o desempenho da função, a fadiga no ambiente organizacional, a publicidade e a motivação funcional. Münsterberg alegava que a seleção de trabalhadores para funções que se adequassem com as suas habilidades mentais e emocionais, era a melhor maneira de aumentar a eficácia, a produtividade e a satisfação no ambiente do trabalho (SCHULTZ; SCHULTZ, 2014).Na história da Psicologia Organizacional, convém salientar também, o programa de pesquisa inovador mais conhecido como os estudos de Hawthorne realizados na década de 1920 e 1930, na Western Eletric Company, em Chicago, conduzido pelo psicólogo Elton Mayo reconheceu que os aspectos psicológicos e sociais no ambiente de trabalho influenciavam mais o comportamento do trabalhador que as condições físicas. De acordo com Robbins (2010), o programa teve as seguintes conclusões: os sentimentos e os comportamentos dos trabalhadores estão diretamente relacionados; e os padrões do grupo influenciam significativamente o comportamento individual.Historicamente, esses entre outros psicólogos contribuíram significativamente para o processo de humanização nas organizações, e para o amadurecimento da psicologia no contexto organizacional servindo assim, de apoio na prática administrativa. Conforme Robbins (2010), além da contribuição da psicologia na melhor compreensão do comportamento organizacional, ela tem expandido a sua atuação nos estudos do processo de aprendizagem, percepção, afetividade, personalidade, eficácia e liderança, motivação, comprometimento, desempenho, processos de tomada de decisão, seleção de pessoal, desempenho de cargo e estresse do trabalhador.Compreendendo que as organizações são entidades sociais compostas por pessoas e seus inter-relacionamentos, a atuação da psicologia estender-se-á aos indivíduos e aos grupos, auxiliando as organizações em seus objetivos básicos.
A Psicologia como ciência
Comumente escutamos em nosso dia a dia que uma certa pessoa seria um ótimo psicólogo, pois escuta, resolve o problema dos outros e aconselha com muita eficácia quando solicitado. Por outro lado, alguns o descrevem como um sujeito de jaleco branco que trata de pessoas com alguma doença mental. Outros acreditam que o psicólogo adivinha tudo o que se passa na mente das outras pessoas, como se tivesse uma bola de cristal. E há ainda os que afirmam que em alguns momentos agem como psicólogo.
Possivelmente, concebemos essa imagem do psicólogo influenciados pelos meios de comunicação, filmes, documentários, jornais, redes sociais, na escola, no hospital etc.
De todas as ciências,
possivelmente, a psicologia seja uma das mais mal compreendida, ainda que muitos dos seus termos técnicos estejam impregnados na linguagem coloquial da cultura cotidiana.
A palavra psicologia
deriva do grego das palavras psyché (alma) e logos (estudo), ou seja, etimologicamente o significado seria o estudo da alma. Historicamente, a Psicologia desde o império grego esteve atrelada a filosofia.
Importantes pensadores preocupados com o funcionamento da mente e do corpo, tais como, Platão, Aristóteles, Sócrates, Hipócrates, entre outros filósofos de outras eras históricas, tentaram sistematizá-la, todavia, foi apenas
em meados do séc. XIX
que a psicologia alcançou o patamar de ciência, por meio do método experimental, desvinculando-se assim da filosofia.
Precisamente em 1879, o psicólogo Wilhelm Wundt* fundou o primeiro laboratório de Psicologia na Universidade de Leipzig, na Alemanha, com o objetivo de estudar os processos mentais. Assim, nasceu uma nova ciência, a psicologia.
Após Wundt, outros psicólogos destacaram-se no cenário histórico desta ciência, influenciando assim no desenvolvimento de seus métodos científicos específicos e diferentes correntes teóricas, a fim de melhor elucidar sistematicamente a complexidade do comportamento humano.
O psicólogo Weiten, em seu livro Introdução à Psicologia, afirmou que a
“psicologia é a ciência que estuda o comportamento e os processos fisiológicos e cognitivos subjacentes ao comportamento, e é a profissão que aplica o conhecimento acumulado por essa ciência a problemas práticos” (WEITEN, 2019, p. 14).
O comportamento
abrange em seu sentido mais amplo, ações que podem ser observadas diretamente, como as atividades verbais e físicas, e processos cognitivos que não são visualizados, tais como a percepção, atenção, consciência, processo de pensamento e memória.
Como diria a cantora Adriana Calcanhoto na música Traduzir-se: “uma parte de mim é permanente, outra parte se sabe de repente”. Um dia acordamos alegres, e no final da tarde estamos tristes, sem motivos aparentes, e nos perguntamos o motivo disso. Para alguns, uma manhã ensolarada pode ser motivo de felicidade, enquanto outros murmuram. Às vezes temos conflitos com a pessoa que mais amamos. A psicologia estudará exatamente as diversas variáveis que influenciam na concepção que nós temos sobre nós mesmos.